Desde a crise de 2008, nenhum tema despertou mais interesse e debate no mundo dos investimentos do que o tema gestão do “risco de cauda” (evento extremo com potencial de impacto relevante, mas que possui baixa probabilidade de acontecer). O conceito e a prática deste termo tem estado sujeito a diversas interpretações e definições, mas, o que está por trás desse caloroso debate é o desejo dos investidores de possuir algum tipo de proteção em seus portfolios em um mundo cada vez mais difícil de navegar e após as cicatrizes deixadas pela crise de 2008. A busca incessante por algum tipo de hedge não é de hoje, ela sempre existiu em alguma forma, mas a complexidade e o tamanho dos desafios com que a economia global se defronta hoje suscitam um interesse mais ativo neste tema. Não existe uma definição oficial do que é o hedge, mas, poderíamos defini-lo no sentido mais comum como uma ferramenta de gestão de risco utilizada para limitar ou mitigar a probabilidade de perdas decorrente de flutuações nos preços de ativos. Contudo, podemos dizer que o hedge é um conceito mais amplo do que esta simples definição conforme veremos mais adiante.
Conceito
A melhor maneira de entender o que é um hedge é compará-lo com o conceito de um seguro. Quando um investidor ou indivíduo decide fazer um hedge, ele está buscando se proteger contra um evento que lhe será prejudicial. Isso não elimina a possibilidade da ocorrência do evento, mas, caso ele ocorra e o investidor tiver feito o hedge corretamente, o impacto sobre o investidor será reduzido. A utilização de algum tipo de hedge ocorre quase que diariamente em muitos aspectos da vida de um indivíduo. Por exemplo, se alguém faz um seguro sobre a sua casa, essa pessoa está se protegendo da ocorrência de um evento que possa danificar o imóvel (incêndio, roubo, etc.). O mesmo conceito equivale para o seguro de um automóvel. Ambos podem ser considerados uma espécie de hedge.
Um típico comprador de hedge seria um fazendeiro. O preço de mercado do trigo e de outros grãos flutua constantemente de acordo com as condições de oferta e demanda no presente e no futuro, acarretando movimentos de preço às vezes significativos em ambas as direções. Baseando-se em preços correntes e projetados o fazendeiro poderia decidir que plantar trigo hoje seria uma boa decisão. Contudo, preços são voláteis e projeções de preços futuros, especialmente nesse setor, são sujeitas a muitas incertezas. No momento em que o fazendeiro decide ir em frente com a plantação do trigo, ele está se comprometendo com uma safra inteira e está sujeito às oscilações de preço do seu produto. Se o preço do trigo subir consideravelmente entre o plantio e a colheita, o fazendeiro terá uma bela surpresa em termos de lucro. Entretanto, se o oposto ocorre e o preço cai, o fazendeiro poderá incorrer em prejuízos consideráveis, podendo inclusive comprometer o seu negócio. Para mitigar esta incerteza e não especular com preços futuros de sua mercadoria, o fazendeiro fecha no momento do plantio, um número de contratos futuros de venda de trigo cujo montante é equivalente ao de sua safra esperada. O contrato futuro em questão é um acordo entre duas partes para entrega de uma determinada quantidade de trigo em um local e data especificados a um determinado preço. Com isso, o fazendeiro consegue “hedgear” a sua exposição indesejada à oscilação do preço do trigo já que ao fechar o contrato, garantiu um preço de venda para sua safra.
Técnicas, custo e instrumentos
Investidores e empresas utilizam técnicas de hedge diariamente para reduzir a sua exposição a diversos tipos de riscos. No entanto, em alguns desses casos, a prática do hedge se torna um pouco mais complexa do que simplesmente o pagamento de um prêmio anual para a seguradora. Em muitos casos, um investidor protege ou faz um hedge de um investimento realizando outro investimento. Tomemos como exemplo o caso de um investidor que está otimista com uma ação do setor imobiliário (ação A), mas está neutro com relação às perspectivas para o setor como um todo. Este investidor pode querer “hedgear” a sua exposição ao setor e ao mercado em geral vendendo a ação de outra empresa do setor (ação B). Assim, o investidor terá uma posição comprada na ação A e outra vendida na ação B. Se as perspectivas para o setor imobiliário sofrerem um revés e o investidor estiver certo na sua análise das duas empresas, um cenário provável é que a ação A caia menos do que a ação B. Neste caso, se o investidor tiver protegido 100% da sua exposição é provável que tenha lucro já que, ele está vendido na ação que caiu mais. Esse é o tipo de operação que um fundo Long Short faz. No exemplo acima, o investidor também poderia optar por vender um índice ou uma cesta de ações do setor imobiliário para proteger a posição comprada em A. O investidor também poderia optar por proteger apenas uma parcela da sua posição e não 100% como no exemplo. Como veremos mais a frente, essas nuances tornam o hedge uma ferramenta não trivial e sujeita a um grau elevado de subjetividade.
Um dos primeiros conceitos que aprendemos em economia é o de que não existe almoço grátis. No caso do hedge não é diferente. Existem custos para todo e qualquer instrumento de hedge que devem ser levados em consideração. Quando vendemos uma ação que não temos, apostando que ela irá se desvalorizar, existe um custo de aluguel a ser pago ao proprietário da ação independente do que aconteça com o seu preço. No exemplo acima, o investidor concordou em pagar um aluguel ao proprietário da ação B para poder vender a ação. Se o custo do aluguel da ação fosse excessivo, o hedge poderia se tornar inviável já que a ação teria que cair consideravelmente para que o hedge, mesmo dando certo, começasse a superar o custo incorrido. Outro conceito importante a ser avaliado é o fato de que o hedge, na grande maioria dos casos, é uma técnica cujo objetivo não é ganhar mais dinheiro e sim reduzir potenciais perdas e/ou eliminar determinados fatores de riscos. Se o investimento que um investidor está querendo proteger ou “hedgeando” se valorizar, ele tipicamente terá o seu lucro reduzido pelo hedge. Se o investimento se desvalorizar, e o hedge funcionar, ele terá reduzido a sua perda. No caso exemplificado acima, se as duas ações tivessem valorizado em virtude de uma melhora nas perspectivas para o setor, a posição vendida na ação B seria um detrator do lucro na ação A.
Técnicas de hedge podem envolver o uso de instrumentos financeiros complexos conhecidos como derivativos. Os mais comuns entre eles são as opções e os contratos futuros. Outros instrumentos que também podem ser utilizados para fazer hedge são ações, ETFs (Exchange Traded Funds), seguros, swaps, entre outros. A grande vantagem das opções é a de que trata-se de um instrumento de perda limitada quando se é o comprador da opção. O caso do fazendeiro mencionado neste texto é um exemplo de hedge envolvendo o uso de derivativos, no caso um contrato futuro.
Timing e a escolha do instrumento
O melhor momento para montar um hedge é quando o mercado está otimista e o nível de volatilidade está baixo, pois, é neste momento que os custos da proteção estão mais baratos. Imagine-se caminhando pela rua do seu bairro num dia ensolarado sem nuvens no céu e um vendedor de guarda-chuvas na esquina lhe oferece um guarda chuva por 50 centavos. Você rejeita a oferta e segue caminhando até o seu restaurante favorito imaginando que a possibilidade de chuva num dia como esse é remota. Além disso, se parabeniza por ter evitado gastar dinheiro em algo desnecessário. Duas horas depois quando você sai do restaurante e olha para o céu, observa nuvens cinza e já sente pingos de chuva caindo sobre a sua cabeça. Em questão de segundos, a chuva começa apertar e você aperta o passo para não ficar encharcado. Ao se aproximar da próxima esquina, você se depara com o mesmo vendedor de guarda-chuvas que lhe havia oferecido o produto por 50 centavos. Você prontamente tira 50 centavos da sua carteira e lhe pede um guarda-chuva. O vendedor lhe responde que o preço do guarda-chuva subiu para 10 reais! O exemplo que acabamos de mencionar é uma analogia que demonstra o quanto é difícil para o investidor abrir mão de parte da rentabilidade esperada para possuir uma proteção quando o cenário é de céu de brigadeiro e não se vislumbram tempestades no horizonte. No caso do fazendeiro, o preço do trigo poderia nos últimos anos ter apresentado forte valorização e seu preço triplicado. Poderia existir uma expectativa no mercado de que este movimento de alta pudesse continuar, pois a demanda continuava muito elevada. O incentivo para o fazendeiro seria não fazer o hedge da plantação, mas ele opta por ser conservador e proteger seu ganho no nível de preço atual. Os meses iriam passando e o preço do trigo poderia continuar subindo, e o fazendeiro poderia começar a se questionar se fez a coisa certa, pois os fazendeiros vizinhos não fizeram o hedge e estão comemorando a alta do preço do trigo e a perspectiva de lucros recordes. No entanto, de uma hora para outra o preço do trigo poderia despencar 50% e os fazendeiros que não se protegeram se viriam em apuros, pois estavam projetando suas receitas a um preço muito diferente do nível que estaria atualmente. Neste momento, o fazendeiro que fez a proteção conseguiria sobreviver e alguns dos seus colegas encontrariam-se falidos. O exemplo acima mostra como é difícil assumir uma posição contrária a da maioria e manter-se fiel a ela. Podem passar meses e até anos até que a sua posição se mostre acertada. Todavia, quando o evento acontece, o conservadorismo tem uma grande recompensa. Nos momentos em que a volatilidade está baixa, o melhor instrumento para o hedge são as opções, pois, caso ocorra um forte movimento de aversão a risco sua proteção aumenta. Em períodos de estresse, o uso de índices futuros se torna a melhor alternativa.¹
Tamanho, risco de descasamento e fatores de risco
Uma das maiores dificuldades na definição do hedge é definir o tamanho do mesmo. O investidor deve ter em mente o quanto ele está disposto a abrir mão de rentabilidade para ter uma proteção. O hedge não pode ser grande demais a ponto de ele detrair toda a rentabilidade que o investidor obtém nos ativos nos quais ele está alocado nem pequeno demais a ponto de não proteger a carteira de forma significativa. Voltemos ao exemplo do investidor que comprou a ação A e vendeu a ação B. Suponhamos que o investidor tivesse calibrado a venda na ação B de modo que a sua exposição financeira na ação A fosse igual a sua exposição financeira na ação B, e as duas ações tivessem valorizado no mesmo percentual no período do investimento. Neste caso, o investidor teria exagerado no tamanho do hedge já que não só a valorização da ação B teria “comido” a rentabilidade da ação A como o custo do hedge em B faria com que o investimento registrasse um prejuízo! A definição do tamanho do hedge é bastante subjetiva e varia de acordo com as preferências de cada investidor. Não existe regra. Porém, o investidor deve ficar atento a este ponto para não proteger de mais ou de menos.
Outro risco importante a ser destacado é o risco de descasamento. No mesmo exemplo que acabamos de mencionar, assumimos que a ação A e a ação B registraram a mesma valorização percentual no período do investimento. Na maioria dos casos, no entanto, isso não ocorre. A ação A pode valorizar mais do que a ação B, a ação B pode valorizar mais do que a ação A, a ação A pode cair menos do que a ação B e a ação B pode cair menos do que a ação A. Todavia, em todos estes casos, estamos assumindo que as duas ações caem ou sobem na mesma direção. O que muda entre elas é a magnitude das quedas e das altas. Nos casos em que ação B sobe mais ou cai menos do que a ação A, o descasamento é desfavorável ao investidor. O pior caso de descasamento ocorre quando a ação A cai e a ação B sobe! Neste caso, o investidor perde dinheiro na posição e no hedge. Vale ressaltar que nos momentos em que o investidor está desconfortável com o risco que possui na carteira, a melhor forma de se proteger é vender o próprio ativo eliminando a possibilidade de descasamento entre o hedge e a posição.
É muito importante para o investidor ou a empresa que deseja fazer um hedge mapear os fatores de risco aos quais os seus investimentos estão expostos, de forma a tornar a escolha do hedge o mais eficiente possível. Mais uma vez utilizaremos o segundo exemplo deste texto para ilustrar esse ponto. Ao comprar a ação A, o investidor não só está exposto ao risco do negócio da empresa A e as decisões e a competência da sua alta gerência como também está se expondo a uma série de outros riscos que afetam direta ou indiretamente o presente e o futuro da empresa. Dois exemplos deste tipo de riscos seriam o risco setorial e o risco de mercado. A explosão dos custos de mão de obra e dos insumos da construção civil foi um fenômeno setorial que afetou todas as empresas do setor imobiliário e a percepção dos investidores em relação a elas. A eclosão da crise de crédito de 2008 foi um fenômeno macroeconômico global que afetou as economias de todos os países negativamente impactando o preço das ações em escala mundial. Os dois eventos citados acima afetam negativamente o preço da ação A independente da competência da sua equipe de gestão e dos resultados que a empresa vem apresentando. O investidor poderia tentar mitigar esses riscos fazendo um hedge utilizando um índice do setor de construção civil ou uma ação do setor. O instrumento escolhido poderia ser desde uma opção a venda de uma ação como foi o caso do exemplo.
Na maioria dos casos, um investidor que possui uma carteira de ações e que gostaria de se proteger da ocorrência de um evento de estresse, compra algumas opções de venda ou vende contratos futuros. A forma mais comum de hedge/proteção é utilizar ativos que sejam ligados ao índice de mercado – Índice Bovespa no caso do Brasil e Índice S&P 500 no caso dos Estados Unidos. A grande vantagem deste instrumento é a sua liquidez. No caso do mercado brasileiro, existe uma peculiaridade, uma vez que o Índice Ibovespa é muito concentrado em algumas empresas e setores específicos. Caso opte for fazer hedge no Ibovespa, o investidor deve estar consciente de que sua carteira pode apresentar um grande descasamento com o índice, não lhe conferindo a proteção inicialmente esperada. Portanto, torna- se fundamental para o investidor conhecer profundamente a sua carteira de ações para poder mapear corretamente os fatores de risco aos quais ela está exposta, de forma a minimizar qualquer potencial descasamento.
Risco desconhecidos e o papel do caixa
Achar as sensibilidades a diversos fatores de risco não é uma tarefa fácil. Em períodos de forte estresse é comum a quebra de correlações e movimentos que são observados em janelas de tempo anteriores podem ocorrer de maneira totalmente oposta. A crise de 2008 foi um exemplo claro da quebra de correlações. Além disso, por mais que o investidor tente mapear todos os riscos, os piores eventos ocorrem com riscos que não estavam mapeados. Ao montar um hedge é preciso ter em mente que é impossível se proteger de todos os riscos.
No caso do fazendeiro, o agricultor conseguiu se “hedgear” de uma variação no preço do trigo, porém, ele continua exposto a outras variáveis que podem impactar a sua plantação. Durante o plantio, o agricultor pode ter feito toda a prevenção possível, utilizando produtos para se proteger contra pragas que poderiam destruir a safra. O fazendeiro poderia imaginar que havia tomado todos os cuidados necessários para proteger a sua plantação, porém, o surgimento de uma nova praga, resistente aos produtos utilizados, a destrói. Por mais que o investidor tente se proteger, sempre existem eventos imprevisíveis que acabam impactando o resultado.
Não podemos nos esquecer da forma mais antiga, simples e menos valorizada de proteção para um portfolio de investimentos – o caixa. Se o investidor está preocupado com um evento de ruptura, iliquidez e quedas abruptas nos preços dos ativos financeiros, porque não manter uma parcela do portfolio em caixa, o ativo mais líquido que existe? Além de não sofrer desvalorização em um momento de estresse, o caixa permite ao investidor a possibilidade de ser o provedor de liquidez para vendedores desesperados a preços bastante atrativos. Cabe citar a famosa frase do Barão de Rothschild, “Compre quando houver sangue nas ruas, mesmo que o sangue seja o seu.” Apenas o investidor que estiver líquido (com caixa) neste momento e em uma situação em que não precise ser o vendedor “forçado”, poderá seguir este famoso conselho. É bem verdade que, neste ambiente de impressão em massa de papel moeda por parte dos principais bancos centrais e a expectativa de um ambiente inflacionário mais a frente, possuir caixa torna-se um investimento custoso, pois, o valor real do dinheiro vai sendo erodido com o tempo. Porém, como já disse uma vez Warren Buffet, “Ter caixa é desconfortável, mas, não mais desconfortável do que fazer algo estúpido com ele.”
Conclusão
Viemos comparando o hedge com o seguro, mas é importante ressaltar que existem diferenças fundamentais entre ambos. O seguro é muito mais preciso do que o hedge já que no caso de um sinistro o detentor do seguro é totalmente compensado pela sua perda. O hedge é mais uma arte do que uma ciência e existem muitas coisas que podem não funcionar como pudemos ver ao longo do texto. É muito difícil um investidor conseguir o hedge perfeito. Existem riscos conhecidos e riscos desconhecidos. Ao montar o hedge o investidor tenta se proteger dos riscos conhecidos e ainda assim, as peculiaridades e as dificuldades com que o investidor se defronta para fazê-lo de forma eficiente são enormes conforme pudemos ver ao longo do texto. Os riscos desconhecidos são praticamente impossíveis de “hedgear”, pois, é como se o investidor estivesse atirando em um alvo invisível. A história nos ensina que eles existem e que de tempos em tempos aparecem para nos surpreender.
Em um mundo cada vez mais complexo, é preciso correr mais riscos para obter retorno e preservar o capital no longo prazo. O problema é que no ambiente atual de investimentos os eventos extremos e os riscos desconhecidos passam a ter uma probabilidade cada vez maior. Dentro deste contexto, o investidor precisa criar alternativas de hedge inteligentes, possuir uma boa diversificação de ativos e instrumentos, e ser mais flexível nas suas convicções e posições para que, caso ocorra um evento que lhe seja prejudicial, ele consiga preservar o seu patrimônio.
1. Apesar de não ser o intuito desta carta entrar em detalhes mais técnicos, cabe uma explicação sobre o que afeta o preço das opções, o chamado prêmio. As “gregas” são variáveis derivadas da fórmula Black & Scholes (modelo padrão para precificação de opções) que mostram a sensibilidade e o comportamento do preço da opção em relação a quatro fatores:
- Mudança no Preço do ativo subjacente - Delta
- Mudança na Taxa de Juros - Rho
- Mudança na Volatilidade do ativo subjacente - Vega
- Mudança no Tempo - Theta
Cada grega mede um aspecto diferente na formação do preço da opção. A grega vega costuma ser importante quando falamos de opções que estão fora do dinheiro já que este tipo de opção tem o seu preço formado principalmente pela volatilidade. Quando a volatilidade implícita no preço das opções está baixa, a opção está barata. Nessa mesma linha, quando a volatilidade implícita no preço das opções está alta, a opção está cara. Logo, o melhor momento de utilizar a opção como instrumento de hedge é quando a volatilidade implícita no seu preço está baixa. Quando dizemos que a opção está fora do dinheiro, nos referimos ao fato de que o preço de exercício dela está longe do preço atual do ativo subjacente. Por exemplo, se o investidor comprou uma opção de compra sobre o Índice Ibovespa, que no momento da compra estava cotado a 58.500, com vencimento daqui a um mês e com preço de exercício a 65.000, ele possui uma opção fora do dinheiro. Se o preço atual se mantiver estável até a data de exercício da opção, o investidor não exercerá o seu direito de compra e perderá o dinheiro que gastou para comprar as opções.