O ano começou com o início do processo de #vacinação em diversos países – mas com velocidades distintas. Dentre os de maior porte, os destaques são Reino Unido e EUA, o que deve se refletir em uma recuperação mais rápida destas economias no curto prazo. Na Zona do Euro, por outro lado, o processo vem sendo mais lento, assim como no Brasil. É o que mostra o #relatóriomensal da Turim MFO.
No cenário doméstico, o Banco Central sinalizou que pretende iniciar o processo de normalização da #Selic. Em um cenário hipotético em que a taxa chegue a um patamar entre 4,0% e 5,0%, e tendo em vista a precificação nos mercados de estabilidade nas taxas de juros das demais economias emergentes, a moeda brasileira deixaria de ser considerada de baixo yield – o que, na nossa visão, tenderia a favorecer um cenário de apreciação cambial.
Já a dívida bruta brasileira fechou 2020 em 89,3% – um grande salto no ano, mas bem abaixo do estimado há alguns meses. Ainda assim, o nível é elevado para uma economia emergente e a situação fiscal continua sendo a grande fragilidade do país.
O mês de dezembro foi marcado pela intensificação de casos da Covid-19 mundo afora, com adoção de medidas mais duras de lockdown, e novos anúncios de política fiscal expansionista nos países desenvolvidos. O Relatório Mensal da Turim MFO aborda o impacto desses acontecimentos nos mercados.
Na agenda internacional, as preocupações a respeito da segunda onda fizeram nações como França e Reino Unido adotarem uma nova rodada de medidas restritivas. Já nos EUA, o Congresso aprovou um pacote de estímulo orçado em US$ 900 bilhões – que conta com uma transferência direta de US$ 600 para as famílias, o que tende a impactar positivamente a renda dos americanos.
No Brasil, a taxa de desemprego (IBGE) vem recuando na margem. Porém, se for calculada uma estatística alternativa, que contabiliza as pessoas que deixaram de procurar emprego durante a pandemia (e, portanto, não são consideradas desempregadas), a taxa segue muito elevada e ainda há um longo caminho a ser percorrido até a volta ao nível pré-Covid.
No âmbito dos mercados, dezembro mostrou continuidade do forte fluxo de capitais direcionado às economias emergentes, o que se refletiu em bons números do Ibovespa – e os sinais iniciais de janeiro apontam na mesma direção.
O mês de novembro foi marcado pela forte aceleração dos casos de coronavírus na Europa e nos EUA. O Relatório Mensal da Turim MFO mostra que, com as medidas de restrição, a atividade europeia deu sinais de contração relevante no mês, em particular no setor de serviços.
Diferentemente do caso europeu, as medidas do país americano foram mais brandas. Assim, com a continuidade de uma política monetária expansionista, expectativa de mais um pacote fiscal e perspectivas de vacinação, a economia americana deve continuar performando bem ao longo dos próximos trimestres.
No cenário doméstico, tivemos uma forte desvalorização cambial, que somada à alta das commodities e quebra de safra em alguns itens, vem produzindo uma forte alta nos preços dos alimentos. Além disso, no mês, o país registrou a entrada recorde de US$ 6,2 bilhões de fluxo estrangeiro para ações brasileiras – movimento que também foi visto na classe de emergentes, em particular nos países mais ligados a commodities.
Mas a fragilidade fiscal brasileira continuou sendo refletida em alguns preços de ativos – como os juros dos títulos públicos atrelados à inflação com vencimento em 2050, que mantiveram-se dentro do intervalo que vinham desde setembro.
O mês de outubro foi marcado por uma correção nos ativos de risco – resultado de uma mistura de redução de riscos antes das #eleiçõesamericanas com o impacto econômico da quarentena na Europa, após aceleração do número de novos casos de #Covid-19.
O #relatóriomensal da Turim MFO destaca ainda a correlação positiva entre a performance das classes de ativos, com quedas no S&P 500 e na Nasdaq 100; elevação nas taxas de juros dos títulos de longo prazo – ou seja, queda de preço dos títulos –; e queda no preço do ouro.
No Brasil, depois de muito tempo, o fluxo de estrangeiros para a bolsa voltou a mostrar força, sendo o melhor mês desde março de 2019.
A taxa de #desemprego apresentou forte alta após o choque do coronavírus. Se a população economicamente ativa (empregados e pessoas procurando emprego) mantivesse comportamento similar ao pré-covid, estimamos uma taxa muito mais alta do que a oficialmente divulgada, próxima a 24%.
Já o BC reforçou a estratégia de manter as taxas de #juros estáveis por um período prolongado (forward guidance). Mas destacou que as regras fiscais terão que ser respeitadas – e que estratégias “criativas” para contornar o teto de gastos também resultarão em reavaliação da comunicação.
A trajetória de desvalorização do #dólar contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos perdeu fôlego em setembro, com uma correção nos mercados. É o que mostra relatório de setembro da Turim MFO, na qual explicamos que esse movimento se deu em meio a um cenário de incerteza eleitoral nos EUA, atrasos no estímulo fiscal americano e de segunda onda de #Covid-19 na Europa.
No âmbito macroeconômico, uma recuperação da demanda por bens se refletiu no comportamento da indústria global, que vem surpreendendo. Além da menor necessidade de contato social e protocolos de segurança de mais fácil adoção, a paralisação na produção e a sustentação da demanda resultaram em queda de estoques, que agora vêm sendo recompostos.
No cenário doméstico, uma #políticafiscal mais intensa em 2020, com gastos concentrados em transferências diretas para a população, vem se refletindo na recuperação econômica mais rápida que os pares. Mas a retirada dos estímulos no 4º tri deve começar a impactar a velocidade dessa recuperação.
Além disso, a grande questão que vem afetando os preços dos ativos brasileiros é como se dará a volta à normalidade fiscal em 2021, em particular, o financiamento do programa governamental #RendaCidadã.
O risco de quarentenas mais generalizadas, como as vistas no início do ano, permanece baixo e, com isso, prossegue o cenário de recuperação das economias – mas com alguns sinais sugerindo uma velocidade mais lenta. É o que mostra o relatório de julho da Turim MFO.
No cenário global, o ambiente de elevada liquidez permanece nos mercados, com a sinalização de continuidade dos amplos estímulos do FED (banco central americano). A redução dos juros reais nos EUA também tem resultado em um processo de desvalorização do dólar frente aos pares.
Na Europa, a cúpula da Zona do Euro chegou a um acordo a respeito do pacote de ajuda à recuperação da atividade pós-pandemia, com transferências diretas e empréstimos a taxas subsidiadas aos países mais impactados. Na China, a recuperação em V da atividade continuou aparecendo, principalmente no setor industrial.
Já no Brasil, a recuperação da bolsa foi acompanhada por uma queda dos juros reais dos títulos de longo prazo do governo brasileiro, respeitando uma firme relação entre as duas variáveis em prazos mais longos. Mas é preciso ressaltar que, para a continuidade do cenário de taxa de juros baixa no país, é necessário manter a âncora fiscal – a PEC do Teto de Gastos.
Com o processo de reabertura progressiva das economias, os indicadores econômicos divulgados ao longo do mês mantiveram uma tendência de surpresas positivas. É o que mostra o relatório de junho da Turim MFO. O relatório explica, entretanto, que somente após esse impulso inicial de normalização, é que teremos uma leitura mais clara da velocidade de recuperação pós-pandemia.
No cenário global, dados de consumo dos EUA foram muito fortes, em particular as vendas no varejo – graças ao apoio do governo. Por isso, o principal risco de curto prazo hoje é a ocorrência de uma 2ª onda da Covid-19, que obrigue os governos a reverterem as políticas de relaxamento das restrições implementadas nos últimos meses.
No Brasil, tivemos uma piora da taxa de desemprego. Mas políticas governamentais de transferência de renda, como o “coronavoucher”, podem ter sido relevantes para dar suporte à massa de rendimentos. Estimamos que as transferências pareçam ter sido suficientes para recompor uma parte substancial da queda na renda agregada da economia.
O mês foi positivo ainda para as bolsas globais, amparadas pela ampla liquidez. Aqui, o Ibovespa subiu 8,8%, impulsionado por sinais de redução do risco político.
Economia Global
Global: Reabertura das economias
EUA: Sinais incipientes de retomada do consumo
Europa: Plano de recuperação econômica
Economia Brasileira
Atividade: Desemprego começa trajetória de alta
Câmbio: Banco Central indica que pode elevar intervenção
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: “Achatando” a curva do vírus
EUA: Forte alta no desemprego
China: Normalização em curso
Economia Brasileira
Atividade: Primeiros sinais do impacto sobre a atividade
Política Monetária: Selic volta a cair
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Coronavírus se espalha
Global: Estratégia de contenção e atividade
Global: Reação das autoridades globais
Economia Brasileira
Atividade: Forte contração
Fiscal: Reação à crise
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Coronavírus se espalha por mais regiões
Global: Autoridades reagem com estímulos
China: Atividade voltando ao normal, mas lentamente
Economia Brasileira
Atividade: Projeções para 2020 revisadas para baixo Política Monetária: Banco Central sugere novos cortes de juros
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Recuperação da indústria…
China: … Atrapalhada na margem pelo Coronavírus
EUA: FED
Economia Brasileira
Inflação: Choque temporário vai se dissipando
Mercado de Trabalho: números continuam positivos
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas