Visão Turim
Uma conversa mensal com nosso time sobre mercados e estratégias
No último webinar do ano, os nossos sócios explicaram que o mês de novembro foi marcado por um cenário de contrastes. Se, por um lado, tivemos um aumento do número de casos de coronavírus nos EUA, por outro, vimos uma queda de casos na Europa e informações positivas sobre a eficácia de vacinas de empresas como Moderna e Pfizer.
No pós-eleições americanas, houve um forte movimento de recuperação de bolsas emergentes (com exceção da China). O destaque ficou para o Brasil, cujo principal índice subiu cerca de 15% no mês.
“Essa alta foi impulsionada ainda pela valorização da nossa moeda – cenário que potencializou uma volta de fluxo de estrangeiros no país e, por isso, tivemos um recorde”, explica Leonardo Martins Moraes, sócio e CIO da Turim MFO. Ele destaca, porém, que, apesar da alta no mês, ainda não é possível falar em um movimento estrutural da volta de capital estrangeiro.
“Com a saída de Trump, há uma diminuição da tensão criada com a guerra comercial e de uma política até então mais errática dos EUA com emergentes. Assim, os investidores passam ter uma pré-disposição para tomar mais riscos em relação a esse países. Mas, para que esse movimento seja mais estrutural, o Brasil precisa solucionar um dos seus principais riscos – o fiscal”, conclui.