Visão Turim
Uma conversa mensal com nosso time sobre mercados e estratégias
O movimento dos vértices de longo prazo das taxas de juros dos Estados Unidos foi um destaque do Visão Turim deste mês. Após um movimento forte de abertura até o final de outubro, as taxas desfizeram parte do movimento, refletindo sinais de desaceleração na economia, um FOMC um pouco mais “dovish” (viés para corte de juros ou a manutenção da taxa de juros em patamares mais baixos) e até mesmo notícias relacionadas ao perfil das emissões de dívida do tesouro americano.
O FOMC (comitê de política monetária do banco central dos EUA) manteve as taxas estáveis, conforme amplamente esperado, mas trouxe uma comunicação um pouco mais branda, sobretudo por reconhecer o aperto das condições monetárias, explicado em grande medida pela abertura dos juros. A dinâmica recente levemente aumenta as chances de que o comitê não precise realizar uma nova alta nos fed funds.
Além disso, vários dados econômicos importantes mostraram alguma desaceleração recentemente. Dentre esses, merecem especial destaque alguns números sobre o mercado de trabalho norte-americano, como a criação líquida de empregos, a taxa de desemprego e o crescimento dos salários. Todos esses apontaram para uma economia menos aquecida do que o mercado esperava.
Essa reversão da taxa de juros se refletiu em uma performance melhor da renda variável no início de novembro, tanto na bolsa americana quanto na doméstica. Em relação a isso, nosso CIO, Fernando Verboonen comentou que “vários dos principais índices da bolsa americana já se recuperaram da queda de outubro e a maior parte disso refletiu o movimento do juro de longo prazo dos EUA”.
Participaram também do webinar Leonardo Martins Moraes, Co-CEO da Turim; Thiago Campos, economista, e Pedro Hokama, head de ativos líquidos da Turim.